Pôquer ganha adeptos, jogadores-celebridade e vira febre no País

Número de jogadores online cresceu 238%. Para atender ao novo mercado, foram criados sites, revistas, programas de TV e até roupas

Gustavo Poloni e Pedro Carvalho, iG

Todos os dias, cerca de 150 pessoas se reúnem em uma casa com fachada de vidro no Itaim Bibi, bairro nobre da zona sul de São Paulo, onde um letreiro indica: Grêmio Recreativo Social e Cultural Hold’em. No imóvel de três andares, dois seguranças e um detector de metal na porta, os frequentadores se acomodam em volta de 20 mesas usadas para disputar partidas de Texas Hold’em, a modalidade mais popular do jogo de cartas pôquer. A jogatina começa às 17h30 e só acaba de manhã – não raro os últimos jogadores deixam a casa com o raiar do dia. As apostas contemplam todos os gostos e variam entre R$ 50 a R$ 3,3 mil. Os prêmios? Em alguns casos chegam a R$ 100 mil. Criado em 2006, o H2 Club tem 14 mil associados e é um retrato da febre do pôquer que tomou conta do Brasil. Levantamento do instituto de pesquisas Ibope mostra que, em abril, 838 mil brasileiros acessaram os principais sites de pôquer, aumento de 238% em relação a maio de 2009. Já o número de inscritos no Brazilian Series of Poker, o campeonato brasileiro da categoria, quase quadruplicou – no ano passado foram 3,2 mil jogadores atrás de prêmios de até R$ 150 mil e fama desfrutada por atletas de esportes mais populares, como o futebol. Para atender a essa nova tribo, nos últimos meses surgiram revistas, sites especializados, programas de TV, coleções de roupas e cursos sobre pôquer no País.

Estima-se que dois milhões de pessoas joguem pôquer no Brasil. Em sua grande maioria, são “atletas” de final de semana. Mas começa a surgir uma safra de jogadores profissionais que levam uma vida que lembra, guardadas as devidas proporções, a de um Neymar ou do Paulo Henrique Ganso, as estrelas ascendentes do futebol. A rotina envolve disciplina para treinar (alguns praticam até 12 horas por dia), muitas viagens (principalmente para Las Vegas, nos Estados Unidos, considerada a capital mundial do jogo), compromissos com patrocinadores (em sua maioria sites), um séquito de fãs que seguem seus passos em blogs e perfis na rede de microblogs Twitter e relacionamentos com mulheres lindas e famosas.”
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