Fantasia de mulher-gato traz fama e dinheiro a comerciante

Sylvia foi de menina pobre que andava de jegue na infância a empresária do ramo moveleiro que dá autógrafos e tira fotos como celebridade

Danielle Nordi, iG

Quando conseguiu seu primeiro emprego em São Paulo, como empacotadora no departamento de brinquedos de uma loja, ela precisou fazer um crachá onde constaria seu nome. O verdadeiro é Josefa. O problema, segundo ela, era que este nome não serviria para seu objetivo de vida: destacar-se. Então, ela escolheu Sylvia. Por que com “y”? “Eu achei que era diferente, como eu. Nunca quis ser igual aos outros”, afirma Sylvia Araújo, ou melhor, Sylvia Design.

“As pessoas me chamam de Sylvia Design. O nome das minhas lojas virou o meu. Eu adoro. Significa que todo mundo conhece minha empresa. Afinal, são meus clientes e meus fãs que fizeram de mim o que sou hoje”. E olha que não é pouca coisa. A empresária tem seis mega-lojas em São Paulo, que atendem mais de três mil clientes por mês, e é uma “máquina de vender móveis”, como todos que convivem com ela a definem. No último “bota-fora” feito pela loja, todos os móveis poderiam ser pagos em até 12 vezes. Um jogo de sofá ou uma mesa de jantar com seis cadeiras custavam R$ 2.388,00, por exemplo. Já uma mesa com quatro cadeiras para varanda era vendida por R$ 1.788,00.

Mas a vontade de se destacar termina na hora de revelar seu faturamento – a cearense nunca revelou quanto ganha com sua empresa, e nem pretende mudar de ideia. Entre as condições para conceder uma entrevista ao iG, estavam a de não revelar detalhes do apartamento em que vive, um imóvel de luxo em localização improvável da zona norte de São Paulo; nem de outros de seus bens, como o automóvel de mais de R$ 300 mil que ela mesma dirige para ir trabalhar.

Sylvia foge da palavra “rica”, como de qualquer revelação sobre seu patrimônio. “Não uso a palavra ‘rica’. Eu acho que sou uma empresária muito bem-sucedida. Mas eu ralei muito para conquistar tudo que tenho. Comecei do nada e trabalhava de domingo a domingo. Agora posso parar na sexta-feira. Começo a ter condições de curtir um pouco a vida. Não sou deslumbrada. Não compro nada só porque tem marca”.
Foto: Amana Salles, Fotoarena
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