Rafael Miller, Contas Abertas
“A semana foi agitada para o governo, com as polêmicas envolvendo a aprovação da MP 527 pela Câmara dos Deputados, que prevê sigilo nos orçamentos das obras da Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016. Isso deve ficar na memória de muita gente. E para memória, a Casa reservou R$ 12 mil na aquisição de 800 dispositivos pen drive, com capacidade mínima de 2 gigabytes.
Também foram adquiridas 200 mochilas para o Programa Parlamento Jovem, desenvolvido desde 2004 pela Câmara. Durante cinco dias, adolescentes simulam a jornada de trabalho dos deputados federais. Foram separados R$ 2,6 mil na compra das das mochilas.
Para o Gabinete da Vice-Presidência foi empenhada a compra de uma única cadeira, mas com especificações bem claras e com o preço de R$ 2,8 mil. A poltrona é do estilo “presidente, giratória, espaldar alto, com molejo central, assento e encosto com espuma expandida em 120 mm de espessura e revestida em couro 100% natural na cor preta”. A nota do empenho ainda previa braços em tubo elípticos cromados em acabamento em couro natural, aranha tubular cromada e rodízios em poliuretano. Pelo visto, conforto não faltará ao usuário.
A prioridade do Senado Federal foi direcionada para outro setor nesta semana, o setor alimentício. Foram compradas 8.750 unidades de leite pasteurizado tipo C, suficiente para durar o segundo semestre inteiro. O leite foi comprado por R$ 1,75 a unidade, que totalizou R$ 15,3 mil.
O Senado se preocupou com o leite, já o Superior Tribunal de Justiça (STJ) se preparou para servir o café. Foram 660 garrafas térmicas divididas em quatro tipos diferentes, com valores unitários distintos, de R$ 10,32, R$ 10,93, R$ 23,07 e R$ 61,66. Ainda nessa nota de empenho o STJ pediu 360 xícaras para café, por R$ 3,2 mil que junto com as despesas anteriores totalizaram R$ 15,7 mil para as copas, e contas, do Tribunal.
(Notas de empenho das compras)
Um comentário:
Eu queria que esse Brasil que claramente pode-se dizer ser autossuficiente soltasse seu grito de basta para todos esses absurdos. Pagamos infinitos impostos para manter a mordomia de quem se quer fica na câmara, ou nem ao menos se dá o trabalho de olhar para aqueles que os elegeram.
Tenho uma opinião bem radical a duas carreiras... a da medicina e a da politica... para mim essas duas carreiras deveriam ter uma remuneração intermediária, pois saberiamos que aqueles que quisessem seguir essas carreiras, o fariam por amor ao seu semelhante.
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