Bichos doidões - Eles adoram uma birita

Criar dependência de substâncias que alteram as percepções não é prerrogativa dos humanos. Na natureza existem centenas de espécies de animais que se entregam aos vícios de maneira mais ou menos habitual. Na galeria, apresentamos alguns casos


Brasil 247

A erva-do-gato (Nepeta cataria), que os americanos chamam de catnip, é o nome comum para um erva perene da família das hortelãs. Ela é nativa da Europa e da Ásia e logo foi levada para os Estados Unidos e o Japão. A erva-do-gato hoje é uma erva comum na América do Norte, no Brasil e em quase todo o mundo.
Segundo os estudiosos e veterinários, o cheiro dessa erva estimula o instinto predador do animal. Ela afeta quase todos os felinos, inclusive leões, pumas e onças, e é aparentemente inofensiva para a saúde deles.

Embora muitos gatos tentem comê-la, cientistas dizem que eles estão na verdade reagindo ao cheiro da erva, e não ao seu sabor. Os felinos mordem, mastigam, esfregam ou rolam sobre a erva-do-gato, e fazem isso para libertar a essência das folhas. A erva-do-gato pode deixar o animal bastante agitado e alerta por horas. Veja no vídeo ao final da matéria.

Pelo fato de não haver realmente um odor que cause esse tipo de reação nas pessoas, é difícil para nós entender esse comportamento. Contudo, ele não é incomum nos animais, seres que confiam muito em seu olfato. Por exemplo, há muitos odores que desencadeiam um comportamento de caça nos cachorros e outros que vão fazer com que os cachorros parem no caminho e rolem sobre o odor.

Embora ninguém saiba exatamente o que acontece no cérebro do gato, é sabido que a substância química nepetalactone é o que desencadeia a resposta. A reação à erva-do-gato é herdada e alguns gatos são imunes a ela. A reação à erva-do-gato dura poucos minutos.

Há tempos se sabe que, da mesma forma que para os humanos, pequenos primatas podem adquirir o vício do álcool – e se comportar do mesmo modo quando embriagados.

Uma controvertida pesquisa (muito criticada por ONGs de proteção aos animais) que envolvia a administração de bebida alcoólica a um grupo de mil macacos da espécie green vervet (macaco verde africano) descobriu que os animais se dividiam em quatro categorias principais: grandes beberrões, beberrões moderados, bebedores sociais, praticamente abstêmios. As proporções, para surpresa dos cientistas, eram praticamente as mesmas encontradas nas sociedades humanas modernas.

A grande maioria era formada por bebedores sociais, que bebiam com moderação e apenas quando estavam em companhia de outros macacos – mas nunca antes do almoço – e preferiam sua bebida alcoólica misturada com suco de frutas.”
Abobadário Completo, ::AQUI::

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