Folha dá duas visões sobre o estupro


Na primeira página da edição desta segunda-feira 24, o jornal dá com destaque a imagem dos protestos na Índia contra uma jovem que foi brutalmente violentada num ônibus por seis homens; no portal Uol, um vídeo ainda em exibição com cenas de mulheres sendo 'estupradas' com faca no pescoço, no canal Sexo, sem qualquer restrição para menores


O grupo Folha de S.Paulo demonstra ter duas visões distintas sobre o estupro e a questão da violência contra a mulher. Na capa da edição desta segunda-feira 24, o jornal traz com destaque uma foto de protesto ocorrido em Nova Déli, capital da Índia, onde uma moça de 23 anos foi brutalmente violentada no último dia 16.

Ao dar destaque para a imagem, o jornal indica que também é contra o que sofreu a vítima - foi estuprada durante quase uma hora, espancada e depois jogada de dentro de um ônibus em movimento. Por conta disso, a cidade foi palco de protestos não vistos desde 2011, quando os manifestantes saíram às ruas contra a corrupção que dominou o governo do país, em revolta contra a bárbara agressão.

Por outro lado, no portal de notícias Uol, que pertence à Folha, de Otávio Frias Filho, há imagens contraditórias. Sem sequer pedir a identificação ou a comprovação de que o usuário é maior de idade - apenas confirmando com uma pergunta se deseja "prosseguir", o canal Sexo do site exibe um vídeo pesado, de simulação de estupro, conforme divulgado neste domingo pelo 247.

Nas imagens, as mulheres "violentadas" encenam o ato sexual com gritos, demonstração de desespero e fuga, algumas vezes até mesmo sob a mira de uma faca no pescoço. Os títulos para o vídeo chamam o internauta de uma forma que inclui a violência como um tipo de fetiche para os fãs de vídeos pornôs: "Violando a loira" e "Ela foi forçada a fazer sexo!".

O mais grave disso tudo é a liberação do vídeo, sem qualquer restrição, acontecer num País onde milhares de mulheres são vítimas de violência doméstica diariamente. De acordo com o Mapa da Violência 2012, a cada dois minutos, cinco mulheres são vítimas de espancamento no País. Nos últimos 30 anos, 92 mil brasileiras foram mortas vítimas desse problema.

Vamos permitir que isso seja tolerado?”

5 comentários:

Anônimo disse...

Um estupro é feito por atores pra você bater uma punheta, o outro foi uma coisa real. Não misture ideologias e pare de falar merda.

Anônimo disse...

Mas é um absurdo você precisar "bater uma punheta" vendo um filme que sem nenhum pudor está mostrando um ato sexual contra a vontade da mulher e ainda ela está sofrendo.
Pra isso existe filme porno de todo tipo...aff...essa liberdade de expressão...

Anônimo disse...

Senhor anonimo moralista a mulher não está sendo "forçada" e muito menos está "sofrendo". Ela é uma atriz e como qualquer outra está atuando e recebe dinheiro por isso '-'

Anônimo disse...

Sr. Anonimo sem pudor algum, o prazer que se sente ao ver o vídeo provém do fato de ser um ato violento. Sendo real ou não, quem goza assitindo a isso goza devido a violência presente. Então quem bate uma vendo vídeos do gênero sente prazer em ver pessoas sofrerem.

Anônimo disse...

Primeiro pra que ver pornô se você não vai poder fazer nada , e cenas de violência somente induzem pessoas com mente psicologicamente fracas a cometerem um ato igual .