A indiana Kamla Devi diz ter achado que estivesse morta ao ser atacada pelo leopardo |
Shiv Prassad Joshi, BBC Brasil
Kamla Devi, de 56 anos, sobreviveu ao ataque no Estado de Uttarakhand, no norte do país, com várias mordidas e fraturas.
Devi buscava água no domingo quando o leopardo surgiu de um arbusto e deu um bote. "Pensei, 'já era', mas não perdi a paciência e a coragem", contou.
Ela carregava água de um canal para a sua plantação, próxima ao vilarejo de Sem Nauti, no distrito de Rudraprayag.
'Mano a mano'
Durante a luta, Devi diz ter quebrado alguns dos dentes do animal.
"Lutamos no mano a mano por quase meia hora. Então, percebi que ele estava morto", disse a mulher, que foi internada em um hospital próximo à cidade de Srinagar Garhwal.
"Ela teve duas fraturas na mão direita e uma na esquerda, além de ferimentos profundos na cabeça e nas pernas. Havia marcas de mordidas no corpo inteiro", disse o médico que a atendeu, Abdul Rahul.
Pankaj Bist, um dos vizinhos que ajudaram a levar Devi ao hospital, contou que ela foi buscar água por volta de 10h.
"Ela é muito corajosa. Atacou o leopardo e encarou a luta com a foice."
Perda de hábitat
Na semana passada, leopardos mataram uma mulher em outra localidade de Uttarakhand, e feriram outra em Rudraprayag.
Moradores dizem que os felinos estão sendo vistos com cada vez mais frequência nas proximidades de povoados, à medida em que a população crescente reduz os hábitats dos leopardos.
Rudraprayag ganhou renome internacional na década de 1920 graças a um livro de um ex-caçador que virou ambientalista, Jim Corbett.
O livro Man Eater of Rudraprayag (Comedor de Gente em Rudraprayag, em tradução livre) registra as tentativas de Corbett de localizar um leopardo macho mais velho que tinha a fama de ter matado mais de 125 pessoas, antes de ser caçado por Corbett, em 1925."
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