Artista recria mapa mundi com máquina de costura




Thais Bilenky, Terra Magazine

Guga Szabzon mal tinha se formado na faculdade de Artes Plásticas quando ganhou em primeiro lugar o prêmio da 40ª Anual de Artes da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), que lhe concedeu 90% de bolsa por um ano na instituição. Dois meses depois, ela abre hoje sua segunda exposição. "Lugar sim e não", em parceria com Henrique Cesar, marca a volta de Guga à técnica que a lançou: a costura.

A exposição, na Galeria Eduardo H. Fernandes (São Paulo) apresenta obras de Guga que brincam com os limites do espaço, das fronteiras. Todas feitas com a máquina de costura, as peças se dividem em duas séries. Uma delas sobre paisagens imaginadas, a outra baseada no mapa mundi.

Guga utiliza o mapa para redesenhar com linha e agulha as fronteiras geográficas. O que se vê é o verso, produto final da costura sobre os traçados que dividem países. É, segundo a artista, a representação de um lugar que deixa de existir, embora a forma siga reconhecível.

"Ao desenhar com a máquina de costura, tem uma coisa com o controle e o descontrole. Tem um intermédio entre eu e o desenho.
Gosto do fato da máquina ser feita para uma tarefa sempre igual, e desenho tem gesto... Tem momentos que a linha embola e compõe a plasticidade do desenho. A máquina é para ser uma coisa correta, certinha. Não sei se sei desenhar muito bem mas descobri a máquina para desenhar por mim", diz Guga. Seus desenhos são, como ela, pouco previsíveis, de intensa expressividade.”
Foto: Guga Szabzon, Divulgação
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