Phil Claydon desconstrói gênero em 'Matadores de vampiras lésbicas'


Luiz Felipe Reis, Jornal do Brasil

"Logo após dirigir seu primeiro longa-metragem, o filme de terror Alone (2002), e o premiado curta Championship, o inglês Phil Claydon levou menos de cinco minutos de conversa e intensas gargalhadas para definir seu próximo trabalho, o longa Matadores de vampiras lésbicas, que entra em circuito sexta-feira no Brasil. Em um bate-papo com um amigo, ele fora alertado sobre um inusitado roteiro, que mesclava comédia e horror em cenas repletas de sensualidade e, é claro, sangue.

– Estava procurando por produções de baixo orçamento quando um amigo me contou a primeira parte do roteiro. Não parei de rir. Era algo surreal, tão juvenil, bobo e inocente, ao mesmo tempo – recorda o cineasta de 33 anos.

Escrita por Paul Hupfield e Stewart Williams, a história se acopla a um subgênero consolidado por filmes como Vampyros lesbos (1971), As filhas de Drácula (1974) e Fome de viver (1983), e que, nos últimos anos, levou às telas britânicas produções de sucesso como Todo mundo quase morto. Apesar da receptividade do público, Claydon afirma que a velha tradição do terror britânico ainda encontra dificuldades em se atrelar às situações cômicas.

– A história do cinema britânico parte dos filmes da Hammer (célebre produtora que atingiu o auge entre os anos 50 e 60) . O horror como gênero literário e cinematográfico sempre foi popular na Inglaterra, mas não necessariamente associado à comédia – detalha. – É muito difícil produzir um filme que mescle esses dois elementos. Levamos cinco anos até que conseguíssemos chegar aos cinemas, mesmo com uma demanda que só parece crescer.

Na pitoresca aventura, os atores James Corden e Mathew Horne – ganhadores do prêmio Bafta pela série de TV Gavin and Stacey – interpretam os losers Fletch e Jimmy, dois azarados que se aventuram no interior da Inglaterra para fugir dos fracassos da vida em Londres.”
Foto: Divulgação
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