Agência FAPESP
“Um filtro solar que, além de proteger
contra os efeitos nocivos da radiação ultravioleta, melhora a textura e a
elasticidade da pele, estimula a renovação celular, hidrata e diminui as rugas
foi desenvolvido por uma equipe de pesquisadores da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto.
A fórmula alia dois tipos de substâncias
fotoprotetoras aos extratos vegetais de Ginkgo biloba e de algas marinhas
vermelhas. Também foram adicionadas as vitaminas A, C e E.
“Em pesquisas anteriores, havíamos
confirmado que alguns extratos vegetais eram capazes de melhorar as condições
da pele fotoenvelhecida e de torná-la menos vulnerável aos danos da radiação.
Então, tivemos a idéia de associar esses
extratos a filtros solares, para potencializar o efeito protetor”, disse
Patrícia Maia Campos, coordenadora da pesquisa.
As vitaminas foram acrescentadas para
estimular a renovação celular e melhorar as condições gerais da pele, elaborando
assim um creme multifuncional, explicou a farmacêutica.
O projeto, intitulado "Desenvolvimento, estabilidade e eficácia pré-clínica e
clínica de formulações fotoprotetoras contendo vitaminas lipossolúveis e
extratos de Ginkgo biloba e algas marinhas vermelhas", foi financiado
pela FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.
O primeiro passo foi desenvolver uma formulação
com filtros fotoestáveis, ou seja, capazes de permanecer ativos na presença da
luz, com fator de proteção solar (FPS) 20. Para isso foram combinados filtros
químicos (orgânicos), compostos por moléculas capazes de absorver os raios
ultravioleta e transformá-los em raios de baixa energia inofensivos à pele, e
filtros físicos (inorgânicos), que refletem a radiação e impedem sua
penetração.
“Adicionamos então extratos vegetais e
vitaminas. Testamos várias combinações de ingredientes. O desafio foi criar um
produto com características sensoriais adequadas, pois, se você fizer um creme
muito gorduroso ou que não espalha, ninguém usa”, disse a pesquisadora.
Em parceria com o laboratório francês Evic,
a compatibilidade dérmica do produto foi avaliada e se atestou sua segurança
para uso cosmético. Nesse momento da pesquisa, em 2008, um dos trabalhos do
grupo foi apresentado no Congresso da Sociedade Internacional de Químicos
Cosméticos, em Barcelona.”
Abobadário Completo, ::Aqui::
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