"Nada mais brega do que bancar o
inteligente", afirmaram recentemente, sem nenhuma vergonha na cara, muitos
estudantes ingleses a seus boquiabertos professores. Diante do fato, alguns dos
mais brilhantes catedráticos decidiram se reunir na tentativa de explicar o
fenômeno
Luis Pellegrini, Oásis / Brasil 247
Na Inglaterra, se ainda não foi banido
pelos professores, o adjetivo clever (inteligente) está muito perto disso. Decidiu-se
inclusive que, daqui por diante, será preciso tomar cuidado antes de chamar de inteligentes
os melhores alunos. Porque, segundo uma pesquisa, são exatamente os melhores da
turma os que mais correm risco de cair na prática ativa do bullying (assédio
físico ou psicológico aos colegas) para tentar se livrar da pecha de
cê-dê-efes. Os professores estão convencidos de que os estudantes, após serem
definidos como "inteligentes", se sentem de algum modo marcados. E
por isso reagem adversamente. Provas disso? Em numerosos casos, muitos deles se
recusam inclusive a retirar os prêmios escolares que ganharam por medo de serem
ridicularizados pelos colegas.
Simon Smith, um professor de Essex, foi um
dos primeiros a afirmar que, "entre os estudantes de hoje, ser inteligente
simplesmente não está mais na moda". "Falei com muitos deles",
explica Smith, "e descobri, que na sua opinião, ser inteligente significa,
sobretudo, ser chato, possuir uma personalidade sem graça, ser o queridinho dos
professores e outras coisas que não podem ser repetidas em público". Seu
alerta é sério.”
Abobadário Completo, ::AQUI::
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