“Elizabeth Gilbert, autora do super
bestseller Comer Rezar Amar,
faz algumas reflexões sobre as coisas impossíveis que esperamos dos artistas e
gênios - e divide conosco a ideia radical de que, em vez dessas pessoas raras
"serem" gênios, todos nós deveríamos "ter" um gênio. É um
relato muito pessoal, bem humorado e emocionante
Brasil 247 / Tradução para o português:
Paula Dip. Revisão: Belucio Haibara
A genialidade – ou, mais propriamente, o
"gênio" que habita em cada um de nós – é tema que fascina Elizabeth
Gilbert. Essa escritora, ao perceber que a "crise dos quarenta"
ameaçava tomar conta dela, decidiu realizar um antigo sonho secreto: tirar um
inteiro ano sabático. Viajou pela Itália, a Índia e a Indonésia e viveu todas
as experiências gastronômicas e espirituais, além de algumas amorosas, que
esses três países podem proporcionar. O resultado de todas essas vivências foi
o livro Comer Rezar Amar que,
logo após a publicação, transformou-se num dos maiores bestsellers dos últimos
tempos. Foi também transformado em filme de sucesso protagonizado por Júlia
Roberts. O tema central da obra é o encontro de si mesmo através do afastamento
do lar e da rotina do quotidiano.
"Eu sou uma escritora. Escrever livros
é minha profissão, mas é mais do que isso, é claro. É também o grande amor e a
fascinação de toda a minha vida. Espero que isso não mude nunca! Dito isso,
aconteceu uma coisa muito peculiar comigo recentemente, na minha vida e na
minha carreira, que me fez rever a relação que tenho com esse trabalho. E o que
houve de peculiar é que eu acabo de escrever um livro de memórias, chamado
Comer, Rezar, Amar que, ao contrário dos meus livros anteriores, se espalhou pelo
mundo e por alguma razão virou esse best-seller internacional, uma mega
sensação. O resultado é que, agora, onde quer que eu vá, as pessoas me tratam
como se eu estivesse condenada. É sério: condenada, condenada! Tipo, eles
chegam para mim bem preocupados e dizem: "Você não sente medo, não tem
medo de nunca ser capaz de superar isso?" Você não tem medo de continuar
escrevendo a sua vida toda e nunca mais escrever um livro que interesse alguma
pessoa nesse mundo, nunca mais?"
Abobadário Completo, ::AQUI::
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