‘Para os detratores de Xuxa é inconcebível
que uma mulher que atuou despida ao lado de uma criança e foi precursora das
Maria Chuteiras, seja entronizada como “Rainha dos Baixinhos”. Mas sua
trajetória pode ser interpretada como a de uma pioneira das modernas demandas
femininas. Xuxa foi a principal pedagoga do Brasil, uma das responsáveis pela
integração da disciplina Libras nos currículos das licenciaturas
Ademir Luiz, Revista Bula
Monteiro Lobato costumava ser festejado por
ter escrito que “um país se faz com homens e livros”. Parecia ser uma síntese
perfeita. Porém, os tempos mudaram e Lobato, dono de vastas e suspeitas
sobrancelhas lupinas, teve sua natureza licantrópica revelada e foi exposto
pelos militantes do politicamente correto como sendo lobo em pele de cordeiro. Acusado
de racista, e por extensão de tudo o que vem atrelado a tal estigma, foi
declarado inimigo público. Seu uso da palavra “homem” passou a indicar apologia
ao patriarcalismo e tamanho louvor ao objeto “livro” denunciava um
indisfarçável pedantismo intelectual típico das elites. Em tempos de
inteligência emocional, onde a “ética do movimento” é semanalmente louvada com
altos índices de audiência no programa “Esquenta”, sua até então famosa frase,
tornada infame, foi jogada na vala comum da Teoria do Medalhão, de Machado de
Assis, e da Lei de Gérson, do ex-jogador de futebol Gérson Papagaio.
Isso só foi possível porque o Brasil é um
país de doutores que falam javanês. Não por acaso, a polêmica sobre bacharéis
em Direito e médicos serem chamados de “doutor” retorna de tempos em tempos. Às
vezes ocorrem episódios curiosos, como quando, em março de 2011, o então
meia-atacante do Flamengo Ronaldinho Gaúcho recebeu a mais alta honraria da
Academia Brasileira de Letras, a medalha Machado de Assis, sendo identificado
na mesa do Palácio Petit Trianon como “doutor Ronaldinho”. O que não é tão
estranho, considerando que o craque é tão ou mais imortal que a maioria dos
acadêmicos.”
Abobadário Completo, ::AQUI::
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