Carina Martins, iG
"Ai, gente, meus brincos, não sei como vou viver sem meus brincos!", brinca a estudante paulistana Amanda Moita Vaz, 17, a respeito das argolonas prateadas nas orelhas. Simpática, olho pintado, luzes no cabelo, ela explica que, se der tudo certo, nos próximos dias vai conseguir compensar a nota vermelha que tirou em Biologia e assim evitar ficar de dependência justo agora que está terminando o Ensino Médio. Nos próximos meses, seus amigos vão prestar vestibular. Ela também. "É bom ter uma garantia", diz. Mas qualquer que seja o resultado, a faculdade será uma segunda opção. Amanda quer ser freira. E vem se preparando para isso há mais tempo do que os colegas pensam em vestibular. Acompanhada por irmãs Apostolinas desde os 12 anos, ela é hoje uma "vocacionada", nome dado às pessoas que já se decidiram pelo caminho consagrado e se preparam para a longa jornada até que realmente possam fazer seus votos.
Pouca gente deve pensar que ser freira é uma atividade fácil. Mas muitos podem achar que é simples tornar-se uma. Não é. Depois de um tempo indeterminado de contato entre vocacionados e congregação, a mulher que busca a consagração deve fazer os mesmos votos das freiras - obediência, pobreza e castidade - e viver a vida monástica por um período que varia entre cinco e nove anos de estudo e experiência para só então repetir os mesmos votos, só que de forma definitiva. E aí sim, ser uma freira. Hoje, são pouco mais de 30 mil no Brasil, número descrescente desde uma alta dos anos 70.”
Foto: Bruno Zanardo, Fotoarena
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