Fernanda Aranda, iG
Defeitos ou doenças? Como a ciência e a medicina enxergam a gula, preguiça, avareza, luxúria, ira, vaidade e inveja
Cada vez que a ciência traz novas informações sobre a obesidade, a gula se afasta da categoria “pecado” e dá um passo em direção ao rótulo “doença”.
A comilança eventual – aquela que aparece em um sábado de feijoada ou domingo de macarrão – está perdoada das duas categorias, mas exige atenção quando, em vez de exceção, torna-se hábito diário.
A relação entre gula e obesidade se dá de duas formas, explica a endocrinologista Rosana Radominsk, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso). “A primeira delas é que o comer excessivo tem repercussões cerebrais capazes de afetar a sensação de saciedade. E nós sabemos que esta parte do cérebro comprometida é muito próxima das alteradas pela drogas. São mecanismos de ação (drogas e guloseimas) muito parecidos.”
A especialista acrescenta que a segunda relação entre gula e a obesidade é o comer compulsivo. Uma grande quantidade de comida em um curto espaço de tempo, característica do chamado transtorno alimentar.
“Ninguém é guloso porque quer, então não há como chamar a gula de pecado. Sabemos que os obesos (normalmente taxados de gulosos) demoram mais para ficar saciados, têm o paladar diferente e sentem os cheiros de formas diferenciadas”, diz Rosana.
“Todo este processo é resultado de uma influência genética e também de fatores externos. Hoje vivemos em uma superexposição da comida, com muitos produtos industrializados e calóricos. Tudo isto influencia.”
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