Somos bronze no hambúrguer

Lecticia Cavalcanti, Terra Magazine

“Hambúrguer é coisa séria. E até concursos tem, para ver qual o melhor. Entre eles, o de "Melhor Hambúrguer do Mundo", no Wine & Food Festival (em Bogotá), que se deu semana passada (26 de agosto). Com destaque para o chef pernambucano Douglas Van Der Ley, que conquistou o 3º lugar, atrás apenas de Argentina e Colômbia. Mas na frente, acredite quem quiser, dos Estados Unidos, país onde o prato é símbolo nacional. Os ingredientes escolhidos pelo chef brasileiro resgatam itens nordestinos, utilizados com criatividade: carne de picanha com manteiga de garrafa, crispy de cebolinha verde, caramelo de fumaça líquida (substituindo o bacon), três texturas de tomate e creme de pimenta brasileira.

Só para lembrar, a receita original do hambúrguer foi nascendo aos poucos. Juntando experiências de muitas culturas. Primeiro, os homens começaram a picar a carne, antes de comer. Desde a mais remota antiguidade. No século XIII, cavaleiros tártaros sofisticaram o processo, passando a amaciar a carne crua e dura - colocando essa carne embaixo de suas selas, durante as longas cavalgadas. Em seguida, passaram a temperar essa carne (com sal, pimenta e ervas) para que se conservassem por mais tempo. Assim nasceu o bife tártaro (carne crua temperada), ainda hoje prato de grande prestígio em todo o mundo. Essa receita foi trazida, ao norte da Alemanha, por marinheiros que navegavam no mar Báltico. E lá, não se sabe exatamente quando, passaram a fritar aquele bife de carne moída crua. O sucesso foi tão grande que logo virou prato típico da culinária alemã.”
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