André Conti, folha.com
“Lembro de ter jogado bastante “Diablo II”
na época do lançamento, há mais de dez anos. Foi uma das primeiras experiências
online divertidas, e o single-player era imediatamente viciante. Desisti depois
de algum tempo, mas o culto a “Diablo II” persiste forte, com servidores cheios
e um grande mercado de itens do jogo sendo vendidos a dinheiro de verdade.
Não é de se espantar que a sequência esteja
demorando tanto. Os jogos da Blizzard são feitos para durar: basta ver o
“Starcraft” original e, obviamente, “World of Warcraft”. Eles demoram a sair
porque são infinitamente testados e ajustados, até que a base esteja sólida o
suficiente para que possam se preocupar com o produto final. Mesmo no caso de
“Diablo”, onde a ação é aparentemente simples (clique e mate, em suma), essa
profundidade do sistema de jogo — o equilíbrio entre as classes, o dano
adequado de cada arma e magia, as combinações entre personagens etc — é
que é responsável pela longevidade e pela grande massa de fãs.
Confesso que sempre fico de fora do
entusiasmo com os lançamentos da Blizzard. Não gosto muito de MMORPGs (embora
esteja testando o “The Old Republic”), o que já me exclui de “World of
Warcraft”. E, por mais que tente, simplesmente não me entendo com estratégia em
tempo real — a palavra congestão vem à mente —, então nem me arrisquei
em”Starcraft 2″. Fiquei curioso com os trailers de “Diablo III”, mas prefiro
RPGs para um jogador só, como “Skyrim”, e o foco no mulitplayer me desanima um
pouco. Todavia, como disse, me diverti horrores com “Diablo II”, e estava
animado com a perspectiva de jogar a versão de testes da sequência.
“Diablo III” perde pouco tempo com
apresentações. Depois de escolher uma entre cinco classes (mago, bárbaro, monge
etc), o jogador cai direto num vilarejo sendo ocupado por mortos-vivos. Daí em
diante, parece que não se passaram dois meses entre esse e o último lançamento:
conversa com um, fala com outro e logo as hordas começam a brotar do chão. Mesmo
sem ter encostado em “Diablo” nesses anos todos, fiquei imediatamente à vontade
com os controles. Em menos de uma hora, já estava com os bolsos cheios de
tesouros e perdido num calabouço. Três horas depois, eu me prometia jogar “só
mais um pouquinho, até subir de nível”. E de novo, e de novo.”
Abobadário Completa, ::Aqui::
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