Estudos
estabelecem relação direta entre a desigualdade social e a incidência de
doenças mentais nos desassistidos
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Ainda que cientificamente incerto, o caso é um exemplo longínquo da relação entre pobreza e transtornos mentais, estudada ao menos a partir dos anos 1930. Desde então, surgiram pesquisas mais contemporâneas, entre elas uma análise que transplanta essa correlação ao Brasil. Feita em 2013 com dados do Censo do IBGE de 2010, um levantamento da ONG Meu Sonho Não Tem Fim indica que das mais de 2,4 milhões de pessoas com problemas mentais permanentes acima de 10 anos no Brasil, 82,32% são pobres.
Dentro desta proporção, 36,11% não possuíam
rendimentos mensais e 46,21% viviam com até um salário mínimo. Outras 15,49%
estavam na faixa entre um e cinco salários e apenas 2,19% recebiam acima desse
patamar. “É preciso considerar que esses problemas também são causados por
aspectos como a genética, mas a falta de uma alimentação mínima pode contribuir
para o aparecimento de doenças que afetam o desempenho mental”, afirma Alex
Cardoso de Melo, responsável pela pesquisa e idealizador da ONG, focada em
trabalhos educativos com populações carentes.
A ideia de traçar a relação entre pobreza e
problemas mentais no Brasil, diz Melo, surgiu após a divulgação de um estudo de
2005 de Christopher G. Hudson, Ph.D em politicas de saúde mental. O trabalho
analisou dados de 34 mil pacientes com duas ou mais hospitalizações
psiquiátricas em Massachusetts, nos Estados Unidos, entre 1994 e 2000. E
concluiu que condições econômicas estressantes, como desemprego e
impossibilidade pagar o aluguel, levam a doenças mentais. E mais: a prevalência
destas enfermidades nas comunidades ricas analisadas foi de 4%, contra 12% nas
mais pobres.”
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2 comentários:
nilo?
VIDA LOKA ???
Nunca tinha entendido o termo até agora.
Vida Loka = Vida de Pobre!
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